15.02.2011
Sumário: Apresentação da matriz do teste.
O empirismo de David Hume - continuação.
Breve resumo e explicação sobre a matéria a estudar que vai sair no próximo teste no dia 25 não deixando de dar importância a outra parte que também irá sair no teste, como o que se segue:
O EMPIRISMO DE DAVID HUME
- os conhecimentos de facto e a relação de causalidade.
CONHECIMENTOS MATEMÁTICOS
- relação de ideias, que são verdades necessárias;
- conhecimentos à priori;
- análise lógica;
- raciocinio dedutivo;
CONHECIMENTOS DE FACTO
- conhecimento de facto em que a verdade das preposições é contigente;
conhecimentos à posteriori;
- relação causa/efeito;
ex: um individuo reage por relação causa/efeito por cada problema.
- raciocinio indutivo , por experiência própria.
--> O conhecimento do mundo consiste em descobrir as causas de certos efeitos.
Algo que se dá por acontecimento ou por causa psicológica.
Ex: "A diminuição do ozono atmosférico é o efeito do aumento da emissão de gases poluente".
Análise: Estabelecemos uma relação entre um e outro acontecimento. Um é causa e o outro efeito.
--> O efeito sucede a causa.
- O que estamos a dizer é que sempre que A acontece sucede necessariamente B ;
- O que está aqui em jgo é a conjunção(ligação) constante entre A e B ;
- A relação causal é necessária na medida em que se A não acontece, não ocorre B.
A e B (facto que ainda não se sucedeu , logo poderá ou não acontecer por razões de causalidade).
A RELAÇÃO DE CAUSALIDADE
- Será que temos experiência desta ideia de conexão necessária ?
- Hume considera existir uma ultrapassagem da experiência na medida em que sempre que A acontece supomos que B acontecerá, (facto futuro que ainda nao aconteceu).
- Assim o conhecimento dos factos reduz-se à impressões actuais e passados. Não se pode ter conhecimentos de factos futuros porque nao podemos ter qualquer impressão sensível ou experiência do que não aconteceu. - quando se trata de uma impressão sensível nunca poderá ser possível tirar conclusões da experiência que ainda nao se teve.
- Neste sentido, a ideia de uma relação causal, de uma conexão entre dois fenómenos é uma ideia da qual não temos qualquer impressão sensível.
- O critério de verdade de um acontecimento factual é que a ideia corresponda a uma impressão sensível, não temos por isso legitimidade para falar de uma relação causal entre os dados da nossa experiência.
Como nasce então a ideia de uma conexão ou ligãção necessária entre causa e efeito?
- A conexão entre dois acontecimentos, acontece tão regularmente que pelo hábito, concluimos que ela se dá. A conexão não está nos objectivos mas em nós. Não se dá por fora de nós.
- A conexão e sucesso de A e B levam a razão a inventar uma conexão que ela julga necessária, mas da qual nunca teve experiência.
A NECESSIDADE É MERAMENTE PSICOLÓGICA.
CONCLUSÃO:
- A critica de Hume não nos permite afirmar que haja uma relação clausível a partir de uma experiência.
- A crença na causalidade nao tem um fundamento racional , mas psicológica;
- Tem a ver com a vontade de que o futuro seja previsivel e logo controlável;
- O principio da causalidade, considerando um principio racional e objectivo, nada mais é doque uma crença subjectiva, o produto de um hábito, o desejo da transformação de uma expectativa na realidade.