terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

RELATÓRIO : AULA 75/76 - 15.02.2011

Lições 75 e 76
15.02.2011
Sumário:
Apresentação da matriz do teste.

O empirismo de David Hume - continuação.

Breve resumo e explicação sobre a matéria a estudar que vai sair no próximo teste no dia 25 não deixando de dar importância a outra parte que também irá sair no teste, como o que se segue:


O EMPIRISMO DE DAVID HUME

- os conhecimentos de facto e a relação de causalidade.

CONHECIMENTOS MATEMÁTICOS
- relação de ideias, que são verdades necessárias;
- conhecimentos à priori;
- análise lógica;
- raciocinio dedutivo;

CONHECIMENTOS DE FACTO
- conhecimento de facto em que a verdade das preposições é contigente;
conhecimentos à posteriori;
- relação causa/efeito;
ex: um individuo reage por relação causa/efeito por cada problema.
- raciocinio indutivo , por experiência própria.


--> O conhecimento do mundo consiste em descobrir as causas de certos efeitos.
Algo que se dá por acontecimento ou por causa psicológica.

Ex:
"A diminuição do ozono atmosférico é o efeito do aumento da emissão de gases poluente".
Análise: Estabelecemos uma relação entre um e outro acontecimento. Um é causa e o outro efeito.
--> O efeito sucede a causa.

  • O que estamos a dizer é que sempre que A acontece sucede necessariamente B ;
  • O que está aqui em jgo é a conjunção(ligação) constante entre A e B ;
  • A relação causal é necessária na medida em que se A não acontece, não ocorre B.

A e B (facto que ainda não se sucedeu , logo poderá ou não acontecer por razões de causalidade).

A RELAÇÃO DE CAUSALIDADE

- Será que temos experiência desta ideia de conexão necessária ?

  • Hume considera existir uma ultrapassagem da experiência na medida em que sempre que A acontece supomos que B acontecerá, (facto futuro que ainda nao aconteceu).
  • Assim o conhecimento dos factos reduz-se à impressões actuais e passados. Não se pode ter conhecimentos de factos futuros porque nao podemos ter qualquer impressão sensível ou experiência do que não aconteceu. - quando se trata de uma impressão sensível nunca poderá ser possível tirar conclusões da experiência que ainda nao se teve.
  • Neste sentido, a ideia de uma relação causal, de uma conexão entre dois fenómenos é uma ideia da qual não temos qualquer impressão sensível.
  • O critério de verdade de um acontecimento factual é que a ideia corresponda a uma impressão sensível, não temos por isso legitimidade para falar de uma relação causal entre os dados da nossa experiência.

Como nasce então a ideia de uma conexão ou ligãção necessária entre causa e efeito?

  • A conexão entre dois acontecimentos, acontece tão regularmente que pelo hábito, concluimos que ela se dá. A conexão não está nos objectivos mas em nós. Não se dá por fora de nós.
  • A conexão e sucesso de A e B levam a razão a inventar uma conexão que ela julga necessária, mas da qual nunca teve experiência.

A NECESSIDADE É MERAMENTE PSICOLÓGICA.

CONCLUSÃO:

  • A critica de Hume não nos permite afirmar que haja uma relação clausível a partir de uma experiência.
  • A crença na causalidade nao tem um fundamento racional , mas psicológica;
  • Tem a ver com a vontade de que o futuro seja previsivel e logo controlável;
  • O principio da causalidade, considerando um principio racional e objectivo, nada mais é doque uma crença subjectiva, o produto de um hábito, o desejo da transformação de uma expectativa na realidade.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Actividade de Consolidação

1. O que são relações de ideias ?
São conhecimentos à priori; são verdades necessárias; as preposições que existem e combinam relações de ideias não nos dão qualquer conhecimento sobre o que se passa no mundo.

2. O que são conhecimentos de facto ?
São conhecimentos à posteriori; as verdades das preposições de facto é contigente; as preposições que se referem a factos visam descobrir coisas sobre o mundo e dar-nos conhecimentos sobre o que neste existe e acontece.

3. O que distingue essencialmete as relações de ideias e conhecimentos de facto ?
O que distingue essencialmente é que as relações de ideias são conhecimentos à priori e os conhecimentos de facto são à posteriori.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

QUESTIONÁRIO

Questionário:
1. Enumere cinco características dos sofistas.
- Ensinavam a retórica, cujo domínio era essencial a quem quisesse fazer carreira política;
- Ensinavam, com excepção de Górgias, a aretê política (virtude política)
- Interessavam-se pela antropologia, pela evolução do homem, da sociedade e da civilização;
- Interessavam-se pelas relações entre leis e os costumes (nomos) e a natureza (physis);
- Pretendiam ser capazes de dissertar sobre todos os temas e de responder a qualquer pergunta que lhes fizessem.

2.Exponha as questões que estão na origem da viragem da investigação filosófica dos problemas da natureza para os problemas do homem.
Questões em larga medida de natureza moral e política, sejam ou impliquem, directa ou indirectamente, questões de carácter filosófico.

3.Quais os pontos de vista filosóficos dos sofistas?
Todos tem de ensinar a retórica, e todos tem um ponto de vista céptico

4.Enuncie os pontos de discordância entre os sofistas e Sócrates e Platão.
Sócrates e Platão, que defendiam que há uma realidade objectiva e que há verdades objectivas universais, que podem ser descobertas por intermédio, ão da retórica, mas da dialéctica.

6. Como define Górgias a retórica?
A retórica é a arte de persuadir pela palavra os participantes de qualquer espécie de reunião política e tem por objecto o justo e o injusto. Ela proporciona a quem a possui ao mesmo tempo liberdade para si próprio e domínio sobre os outros na cidade.

7. O que entende por dialéctica?
É arte de argumentar pelo questionamento interactivo.
A dialéctica é forma superior de conhecimento que nos permite alcançar verdades objectivas.

8.Exemplifique um raciocínio analítico.
Todos os seres humanos são racionais.
Platão é um ser humano.
Platão é racional

9.Distinga raciocínio analítico, raciocínio dialéctico e retórica.
O raciocinio analítico é a capacidade de raciocinar rapidamente através da percepção.
O raciocínio é dialéctico quando parte de opiniões geralmente aceites.
A retórica é a arte de persuasão, isto é, uma técnica ou um sistema de regras práticas que possiblitam ao orador obter um assentimento do auditório pelo discurso.